quarta-feira, 29 de outubro de 2014

PALESTRA: FAMÍLIA E ESCOLA

Prof.ª Raquel Mesquita


No sábado, dia 25 de outubro, a EEEM São Rafael realizou palestra para pais e professores com o tema Família e Escola. A palestrante foi a professora Raquel Mesquita. A seguir a síntese dos assuntos tratados:

Como a família e a escola podem trabalhar unidas?

Quem pode ser considerado responsável pelo sucesso ou pelo fracasso do aluno na escola?



ISSO DEPENDERÁ DA CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E DE EDUCAÇÃO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.

Concepção de infância é o conjunto de ideias que uma determinada sociedade adulta tem de suas crianças, como aprendem e como precisam ser educadas. As concepções de infância e de adolescência foram se transformando ao longo do tempo; algumas se extinguiram, outras continuam até os dias atuais sob diferentes formas, outras ainda foram agregadas mediante avanços da filosofia, educação, ciência e tecnologia.

A família é a referência fundamental para a criança.

O aprendizado e o desenvolvimento começam bem antes da educação formal.

Bossa (1998, p.111) ressalta que “mais do que responsáveis pela qualidade de vida, os pais são construtores do aparelho psíquico dos seus filhos”.

É fundamental  para o desenvolvimento posterior do aluno, de sua aprendizagem escolar e do seu desenvolvimento social, os sentimentos que os pais nutrem por ele durante os anos anteriores à escola.


- É sabido que pais que acompanham os estudos do filho propiciam que ele melhore seu rendimento em 80%;

-  Alunos que rendem bem na escola são motivados a aprender mais;

- É muito difícil estimular alunos desmotivados.

- Os filhos acreditam que pais que não os acompanham nas suas tarefas não se interessam por elas.

            - Filhos confundem-se com suas tarefas.



A família transmite valores intangíveis como: ética, respeito aos mais velhos, gratidão, honestidade, verdade...

Poderá acontecer que os comportamentos adquiridos pelos adultos sejam imitados e incorporados pelas crianças. E estas experiências se reproduzirão na sociedade como: falta de valores, linguagens, controle ou não da impulsividade, violência, preconceitos, etc.

É na família que a criança encontra, em primeiro lugar, os modelos a serem imitados (modelos de identificação) conforme o desenvolvimento maturativo da criança.



Se na relação com os pais ou educadores não houver uma hierarquia, ou seja, uma diferenciação de funções que consolida os pais ou o educador numa posição de autoridade, a criança e o adolescente ficam desorientados  e inseguros. É fundamental que a criança e o jovem vejam o adulto cuidador como alguém que pode com ela.



Hoje, os pais estão delegando à escola a responsabilidade de educar os filhos. E as crianças e jovens acabam sendo órfãos educativos porque a escola não consegue dar conta também desta função.

“Para a escola, os alunos são transeuntes curriculares. Para os pais, os filhos são para sempre”. (Içami Tiba, 2014).



Por que a transição da infância para a adolescência é tão difícil para os pais e para os professores?



Na adolescência: > mudanças comportamentais (amadurecimento hormonal) que desenvolvem a capacidade reprodutiva e a necessidade de se autoafirmar;



De dependentes e incapazes que as crianças são, passam à independência, querendo liberdade total sem condições de assumir suas responsabilidades.



Aos pais e professores cabe ensinar a quem não quer aprender com eles, apesar de depender deles.

      Adolescentes não podem ser tratados como crianças, nem como adultos;

     A liberdade tem que ser progressiva conforme sua capacidade de arcar com as consequências do que faz.


       Muitos pais fazem de tudo para poupar os filhos das frustrações (zona de conforto);
      Os pais, professores pensam que os jovens não ligam para as perdas – mas não -, eles não valorizam a perda: largam os estudos, empregos, vínculos afetivos, etc. como se nada fosse importante.

      Tudo se deleta e logo estão em outra.

      As frustrações ocorrem quando se valoriza a perda.

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